terça-feira, 26 de maio de 2009

IEQ Cotolengo. O plano de DEUS e o pecado


O Plano de Deus e o Pecado

Fonte: Lidio Feix [lidiofeix@net.crea-rs.org.br]

De vez em quando se ouve alguém falar que a entrada do pecado frustrou o Plano de Deus para o homem.

Esta não é exatamente uma expressão feliz, porque não corresponde à verdade, e podemos buscar uma analogia no mundo natural para entendermos melhor a situação.

Sabemos que todas as águas escorrem sempre para o nível mais baixo.

Um rio sempre se escoa para o mar, mas nem toda a água do rio chega até lá.

Parte dela se evapora, e outra parte se infiltra na terra; apenas uma pequena parte do total chega ao seu destino final.

O Plano de Deus para o homem é semelhante a um rio que se escoa em direção ao mar.

Suas águas podem ser desviadas, ou até mesmo barradas, mas sempre irão se amontoar, elevar seu nível e contornar o obstáculo, seja pelos lados, seja por cima dele, e vão retomar seu caminho em direção ao mar.

Nenhum obstáculo é capaz de parar as águas de um rio; no máximo, irão retardar o seu curso, mas ele cedo ou tarde seguirá o seu caminho.

A entrada do pecado no mundo perfeito que Deus criou é semelhante a um obstáculo posto no caminho de um rio.

Ainda que alguém pudesse anular a Lei da Gravidade e parar as águas de um rio, nada, nem ninguém, jamais poderia frustrar nenhum plano de Deus.

Quando iniciou sua rebelião, ainda no Céu, o pai da mentira determinou-se a criar uma situação onde pudesse desfrutar para si das honras que são devidas apenas e somente a Deus.

Por mais poderoso, por mais sábio, por mais habilidoso, por mais influente que o antigo anjo querubim cobridor pudesse ser,

jamais passaria de uma criatura, jamais passaria de um ser criado,

jamais passaria de um ser que não tem vida em si mesmo,

jamais passaria de um ser dependente do seu Criador,

e que, por tudo isso, jamais poderia equiparar-se ao seu Deus e Criador.

Satanás jamais teve, e nunca terá poder para frustrar nenhum Plano de Deus.

A sua tentativa de rebelar o Universo atrás de si contra Deus nunca teria resultado maior do que tentar bloquear as águas de um rio.

Os engenheiros que constroem barragens em rios sabem que é necessário deixar nelas uma abertura, um vertedouro, para que as águas continuem se escoando, pois do contrário elas subirão, e subirão até passar por cima da represa para que o rio continue seu curso.

Sabemos que quando um rio transborda por sobre a sua represa pode causar grande destruição, e até destruir a barragem.

Pensar que o Plano de Deus para o homem tenha sido frustrado pelo pecado é, ao mesmo tempo, tanto atribuir a Satanás um poder e uma influência que ele não tem,

como também, talvez de uma forma imperceptível, supor que a onipotência e a onisciência de Deus possam ser limitadas, o que é uma incoerência.

Pelo próprio significado das palavras, onipotência significa poder sem limites, da mesma forma que onisciência define conhecimento ilimitado.

Quando o pecado surgiu, primeiro no Céu e depois neste mundo, Deus não precisou improvisar porque não foi tomado de surpresa, mas colocou em ação a alternativa que estava pronta desde antes da Criação do mundo.

Essa alternativa Deus chamou de Evangelho Eterno, um plano que foi elaborado para compensar o mau uso do maior bem que Ele concedeu aos seres inteligentes que criou, o livre-arbítrio.

Não há limites para o poder de Deus, nem para o Seu conhecimento, nem para a Sua criatividade, e nem mesmo para Seu amor por nós.

Por isso o Evangelho Eterno foi preparado, para que houvesse uma alternativa de salvação se o homem escolhesse pecar,

para que cada pessoa tivesse uma nova oportunidade, se quisesse novamente ter acesso à vida eterna que o pecado nos tira.

O que os homens precisam saber é que “ todos pecaram e carecem da glória de Deus”. (Rom. 3.23)

Todos estamos contaminados pelo veneno mortal do pecado, “ porque o salário do pecado é a morte”. (Rom 6:23, pp)

Os homens precisam reconhecer que estamos contaminados pelo veneno do pecado a não podemos fazer nada para nos livrar dele; a cura não está em nós, ela está além da nossa capacidade e poder.

Os homens precisam admitir que pecamos contra o Rei do universo,

Que pecamos contra o nosso Deus Criador e Fonte da Vida,

E que nada, nada existe que possamos fazer, em nossas próprias forças, para resolver o problema.

É aí que entra o Evangelho Eterno, e se chama Evangelho Eterno porque Deus sempre ofereceu a salvação aos homens da um único modo:

justificando os pecadores arrependidos por Sua graça, mediante a fé nos méritos de Jesus, o único nome dado abaixo dos Céus mediante o qual importa que sejamos salvos (Atos 4:12).

Os homens precisam saber que “ o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. (Rom. 6:23)

E precisam saber que isto só acontece “ Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3:13)

É verdade que os atrativos, os falsos atrativos deste mundo fazem com que a maioria das pessoas abandone o caminho da Vida,

Da mesma forma como as águas que se evaporam e abandonam o leito do rio,

ou como as águas que se infiltram na terra e ficam perdidas pelo caminho.

Todas essas pessoas desprezam a suprema oferta de amor que Deus fez a toda a humanidade, e perdem o interesse de se juntar ao Grande Mar de todos os salvos. Apocalipse 17:15 nos diz que águas “são povos, multidões, nações e línguas”.

Num sentido alegórico e mais amplo, o Grande Mar é a imensa multidão formada pelos fiéis de todos os mundos não-caídos, aos quais os salvos de todas as épocas da Terra somos convidados a nos juntar para entoar louvores ao Rei nosso Deus.

A vida de cada um de nós é como águas de um rio, de um rio que Deus programou para desaguar nEle.

Mas, assim como num rio natural, grandes partes das águas se evaporam e vão para o espaço,

e outra parte ainda maior fica pelo caminho, infiltrada na terra.

Apesar disso, a proposta de Deus é: “ Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida”. (Apoc. 2:10)

O convite de Deus é para sermos fiéis até o fim.

Jesus garante Seu apoio: “ ...estarei convosco todos os dias, até a consumação do século”. Mateus 28:20)

E você?

O que você vai fazer?

Vai se evaporar?

ou vai sumir na terra?

Ou vai ser fiel até o fim, e então cair nos braços de Jesus?

Você deseja estar no Grande Mar dos fiéis de todo o Universo, que muito em breve estará reunido em torno de Jesus?

Lembre sempre disso: só estará lá quem decidir isso aqui e agora.

Deus já fez tudo quanto era preciso fazer para garantir a nossa salvação.

Deus tudo pode; a única coisa que Ele não pode fazer é o que não faz porque voluntariamente Se limita.

Ele respeita seu livre arbítrio, mas espera que aceite a salvação que lhe é proposta.

A decisão é sua.